sábado, 24 de dezembro de 2011

MINHA POESIA, MEU AMOR



Não sei porque escrevo poesia, se não a leêm!
Gosto de escrever poemas, não sei para quem,
Se só eu os leio e mais ninguém.

Custa-me desistir, porque amo a minha poesia,
Como amasse uma mulher que me engana,
Com alguém que é um sacana.

Nem a minha família lê a minha sentida poesia,
Que muita lhe é com amor e carinho dedicada,
Deixando a minha vontade abalada.

Sei que irei sofrer se deixar de construir versos,
Como uma casa que ficasse nos seus alicerces,
E eu sem rumo e sem tecto.

Não sei então o que fazer, continuar ou desistir,
Levo a vida a hesitar, sem de vez me resolver,
Só sei que não quero sofrer.

O meu isolamento não me deixa bem raciocinar,
Algo me atormenta que eu não consigo decifrar,
Não vale a pena tanto magicar.

Será melhor recomeçar ou parar com a poesia.
Nunca terei coragem para ter de a abandonar,
Evitando em águas turvas navegar.

Irei reconciliar-me com a minha poesia, o meu amor,
Porque outro mais íntimo não conseguirei encontrar,
E não quero viver de temor.




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