segunda-feira, 19 de novembro de 2018

AQUELES DIAS DE ENTÃO

São dias que jamais esqueço,
Curioso espreitava o meu pai,
Deitado na cama pra repousar
A ler o jornal do dia, um prazer
Pra ele de ler e pra mim do ver.
Ensonado, deixava o jornal cair
Sobre o rosto, vindo a ressonar.

O sono do meu pai era breve,
Cerca de uma hora chegava 
Para voltar à sua labuta diária,
Bem árdua até a noite chegar,
Enquanto no quintal brincava,
Com o meu amigo chimpanzé,
Que adorava estar ao meu pé.

Aqueles dias de então jamais 
Voltarão, estão pois perdidos ,
Mas sempre aqui recordados,
Por terem sido bem vividos,
Tempos que me são queridos,
E por mim toda a vida amados.
Deixando-me assim aos ais.

Ruy Serrano - 19.11.2018




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