sábado, 8 de dezembro de 2018

A MINHA TERRA VISTA DO EXÍLIO

           Sabor da manga da minha mangueira,
Cheiro da terra do meu quintal,
Os animais do meu curral, 
Brincadeiras de pé descalço,
Nas ruas sem nenhum asfalto,
As perseguições aos sapos e rãs,
As prisões dos lagartos,
Os abraços do meu chimpanzé,
A minha comunhão de fé,
O Cantar do hino na escola,
O peso dos livros na sacola,
O sabor da chicuanga fresca,
Os banhos nus na baia,
As malandrices que inventava,
As palmatoadas que levava,
Os castigos de minha mãe,
As repreensões de meu pai,
As saudades que não me deixam
Daquele tempo irrepetível,
Tão natural e apetecível,
Sensações que passaram
E se diluíram no tempo,
É hoje uma leve recordação,
Que vivo com muita emoção.

Ruy Serrano - 09.12.2018






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