segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

NOITE ENLUARADA

Noite enluarada aquecida por uma fogueira,
Corpos de mulheres numa dança frenética,
Com seus dons de bailarinas provocantes,
A mostrarem as suas partes mais íntimas.

Sensação única estar no interior da selva,
Com tal palco africano aberto e sedutor,
Convidando o maior inocente a pecador,
Saindo para a luz da razão, sem as trevas.

Bela noite enluarada, de lua bem cheia,
Lá no alto espreitando a vida na floresta,
Juntando-se à alegre, ruidosa bicharada,
Que se mantém muito atenta e à espreita.

Sou actor do mesmo espectáculo, discreto,
Não represento, sou um simples figurante,
Gosto de participar, por ser tão importante,
Revelar a face da vida, como retrocesso.

Até o sol raiar, a noite não chega a dormir,
Há vinho da palmeira para muito consumir,
As virgens com os peitos tão provocantes,
Dançam, remexendo as ancas ondulantes.

Ruy Serrano - 11.12.2018




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