Eu e a literatura fizemos um acordo,
Eu a divulgaria pelos meus literatos.
E a literatura seria a minha candeia
Que me iluminaria os meus passos.
Jamais passo sem a sua companhia,
A literatura faz parte da minha vida,
A nossa relação vem desde jovem,
Rendo-lhe minha justa homenagem.
Namorada e amante, é a literatura
Que me dá prazer em viver, amor
Como o nosso não há outro igual,
É um amor bem sólido e ancestral.
Vivemos das palavras idolatradas,
Por serem por nós tão admiradas,
Com elas escrevemos e mostramos
Como é possível nos tolerarmos.
Com a literatura aprendi a sobreviver,
Neste emaranhado de tantas invejas,
Com ela estarei sempre a descobrir
Novos caminhos e horizontes de luz.
Os livros mais lúcidos, reclamam
Mais atenção, pedem muito sigilo
Para se tornarem meus professores
E me ensinarem a ser bons autores.
Nunca me zangarei com a literatura,
É o meu alimento, a minha vitamina,
Sirvo-me dela a qualquer momento,
Cura as minhas dores sem aspirina.
Sem abusar, usarei a minha literatura,
Para escrever as crónicas e os poemas,
Que ofereço aos meus muitos amigos,
Tornando-os fiéis leitores agradecidos.
Ruy Serrano - 27.12.2018
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