sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

PAIXÃO

Soneto

Esta paixão que me consome queima
O meu corpo, o meu coração que bate
Ao compasso dum derradeiro debate
Que na Assembleia só produz diarreia.

É uma paixão que de mim se apoderou,
E nunca mais me deixou em liberdade,
Por dever ao meu partido tal lealdade,
Como alguém que na vida nunca amou.

Se alguma vez tiver de deixar de amar,
Maldito seja o malfeitor que o desejar,
A minha vingança será célere e eficaz,

Prevalecerá a minha paixão recuperada,
Dum sonho que numa noite foi achada,
E assim minha vida secreta me satisfaz.


Ruy Serrano - 12.01.2019

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