segunda-feira, 4 de março de 2019

ANDO POR AÍ...

Ando por aí, não me reencontro,
Já não sei se existo e quem sou,
Ando por aí por ver andar outros,
Nāo sei quem sou e onde estou.

Vejo gente passar,  mas não sei
Quem são e para onde eles vão,
É tudo tão misterioso e secreto,
Que me sinto estranho objecto.

É tudo tão esquisito, que creio
O mundo estar hoje do avesso, 
Anda tudo a correr tão rápido,
Que o homem gerou abcesso.

Anda a humanidade obsecada
Em confrontos de tal violência 
Que se mutilam até à morte,
Ignorando a sua melhor sorte.

 Velhos e crianças inocentes
São sacrificados sem culpa,
Sem haver possível salvação,
Por ausência de bom coração.

Assim ando eu por aí perdido,
Sem saber o que devo fazer,
Para ajudar a salvar o mundo
Que está infectado e imundo.

Ruy Serrano - 05.03.2019


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