As evidências estão sempre presentes,
Dos factos e ocorrências tão actuais,
Que nos deixa perplexos e ausentes
Desta vida que sobra e não é demais.
Há evidências em tudo que observo,
De mau e de bom, não tenho escolha,
Vogal, consoante, crónica ou verso,
São tudo o que é esta minha recolha.
Evidências são evidências, nada mais,
Tudo o que as ultrapassar nada sobra,
Não podemos ignorar as evidências ,
Temos de lidar com a maior decência.
A vida que construí foi de evidências,
Que me deixaram intrigado pelo acto
Tão ousado de interferir na minha vida,
Que foi realizada com bastante magia.
Temo as evidências, acho-as perigosas,
Elas são mui agressivas e preguiçosas,
Chegam de mansinho, são traiçoeiras,
Vivem de partidas, são mui matreiras.
Ruy Serrano - 28.01.2020
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