quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MONÓLOGO INTÍMO

(INÉDITO)

Tenho muitas perguntas para me fazer,

Difíceis de responder,

Sem nada esconder.


Não sei por onde começar,

Tenho de muito pensar,

Para não me chocar.


Por não me lembrar da infância,

Espero a minha tolerância,

Com total consonância.


Quero saber como fui, como cresci,

Se fui honesto, se menti,

Como por vezes me senti.


Se fui bom aluno e obediente,

Se era asseado e atraente,

Saudável e de boa mente.


Se era leal e sensível a afectos,

Não tratava amigos como objectos,

Se não praticava actos desonestos.


A tudo respondi afirmativamente,

Senti-me bem, confortavelmente,

Esperando viver confortavelmente.

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