domingo, 9 de setembro de 2012

O QUE GUARDEI DE TI


Guardei de ti o sal dos teus lábios,
Dos beijos que demos à beira mar,
Ao luar,
Com o barulhar das ondas a bater nos rochedos,
Da muralha que construímos
Com a nossa paixão.

Guardei de ti o cheiro do teu corpo,
O acetinado da tua pele,
Que eu abracei,
De nada de ti me queixei,
Não te encontrava defeitos,
Só via os teus peitos.

Guardei de ti tudo o que me deste
E o que ficou por me dares,
Que eu te pedi e implorei
E que tu recusaste.

Guardei de ti as tuas verdades e mentiras,
Que cego não queria crer,
Porque só a ti eu via,
Sem nada temer.

Ainda guardo e guardarei de ti,
O por de sol
Que admirávamos do farol
Da praia dos nossos amores,
Em que nossos corpos
Se enrolavam na areia branca dos trópicos.

Quando chega a noite e tu não estás presente
Em corpo, sinto a tua alma
Que me acalma,
Para eu contigo puder sonhar tranquilo,
E imaginar teu corpo e teus beijos,
Em abraços muito estreitos.

Sem comentários: