sábado, 6 de abril de 2013

ALVOROÇO NA FLORESTA


A bicharada entrou em pânico naquela floresta,
Com a chegada dos madeireiros.
Suas máquinas e ferramentas ameaçavam
Derrubar as árvores centenárias
Refúgio da bicharada com seus ninhos,

Os papagaios e águias lá do alto espiavam
As acções dos madeireiros intrusos,
Dando sinais de alerta à restante bicharada
Que dispersava com choros e lamentos
Pra parte incerta, receando sua sobrevivência.

Fugiam os chimpanzés, os macacos e os répteis,
Os pássaros e as formigas, sem culpa formada,
Era o homem que se intrometia
Para os escorraçar e ficar com seus haveres,
Com a intenção desmedida de enriquecer

Deixou de haver alvoradas, pra bicharada,
Que a emigrar pra longe foi obrigada,
E os homens se tornaram insensíveis,
Por pensarem apenas nos seus interesses
E não se lembrarem de eventuais danos.

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