Tocaram os sinos da igreja, daquela aldeia.
Chegaram às janelas e portas os aldeões
Pra se aperceberem do acontecimento
Que os surpreendeu lamentavelmente.
Foi o senhor Francisco, emérito barbeiro
Que se passou pra outra vida, primeiro
Que sua mulher que há muito tempo
Se encontrava acamada e imobilizada.
Os sinos tocaram durante largo tempo,
Enquanto durou a cerimónia do funeral,
Tão estridentes e de tanto barulho
Que acordaram o senhor Francisco.
Os sinos continuaram a tocar sem parar,
Porque pro lugar do senhor Francisco,
Veio dona Albertina, sua mulher dileta,
Que acabara de se finar, de tanto chorar.
Esta história traz-me à ideia, políticos,
Que depois de lhe fazerem o funeral,
Ressuscitam reencarnados e reaparecem,
Com novos discursos e mais promessas.
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