segunda-feira, 1 de março de 2010

EU

Inédito

Já não sei quem sou Eu,
Eu penso, mas já não sinto,
Sou alguém que não morreu,
Eu quero e tudo pressinto,
De justiça Eu ando faminto.

Ser Eu é uma vera utopia,
Não me permite sonhos realizar,
Tudo não passa de pura teoria,
Apenas sonhos para acalentar,
Obras e projectos para adiar.

Eu não desisto, porque acredito,
A vida poder entretanto mudar,
Eu a mim desculpo e me permito,
Por um futuro melhor conquistar,
Nem que Eu tenha de muito lutar.

Eu e toda a minha família,
Temos os mesmos ideais e projectos,
Não sabemos o que é a mordomia,
Estamos ligados por muitos afectos,
Protestamos por actos e sem manifestos.

Eu feliz, crente e lutador devo ser
Para a meta desejada alcançar,
Sem fantasmas e monstros temer,
Antes reunir forças para os dominar,
Afastando imagens para não recordar.

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