domingo, 21 de março de 2010

O IMAGINÁRIO

INÉDITO
Segundo o dicionário de Português da Academia das Ciências de Lisboa, “Imaginário” é o irreal, o fictício. Esta condição está subjacente à vida pensante de todo o indivíduo, cujo cérebro funciona na base do hipotético e imprevisível.

Na realidade, desde os primeiros momentos da nossa vida, que o nosso imaginário desperta, levando-nos a agir e a reagir perante os desafios que nos são impostos pelo quotidiano. Passamos então a imaginar como delinear a nossa vida. Passando pelas escolas, onde buscamos aprendizagem e conhecimentos para nos permitir traçar trilhos e rumos no sentido de prosseguir objectivos.

Quanto mais elevado for o índice do imaginário, mais distante e difícil se torna concretizar os projectos que envolve, exigindo um maior empenho e competência. São muitos os imponderáveis que se interpôem, dificultando a acção e a motivação. Há os que conseguem concretizar parte do seu imaginário e há os que nunca atingem os fins imaginados. Também há os casos dos que, depois de verem o seu imaginário em vias de concretização, são surpreendidos pela usurpação dos seus direitos legítimos de propriedade, por outros que, recorrendo a um imaginário cruel e predador, passaram a ocupar o seu lugar.

A história dos tempos diz-nos que os actores de todos os imaginários têm uma existência efémera, por estarem inseridos em períodos cíclicos, com transmutações permanentes das realidades aparentes. Não nos surpreenderá se nos próximos tempos nos dermos conta de que os nossos imaginários foram tão falsos, e resultaram gorados, como doutros que nos substituíram no palco deste Mundo Desafiador e Fictício.

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