domingo, 28 de março de 2010

VERBALJACKING

VERBALJACKING

INÉDITO

A agressão verbal tomou hoje uma dimensão de tal ordem que se tornou numa verdadeira hemorragia verbal com verdadeiras características de verbaljacking (novo termo aplicável com propriedade). Eu, que me considero comedido e contido na minha linguagem, por formação e educação de tempos menos buliçosos, constato, com tristeza, que se vulgarizou nos dias de hoje, o ataque verbal sem razões justificadas.

Somos conhecedores e, nalguns casos, testemunhas e alvos de episódios de verbaljacking que tiveram lugar nesta semana, em que traço estas linhas, nos palcos de futebol, na Assembleia da Republica, nos orgãos de comunicação social, nos blogues e de um modo geral na opinião pública. Eu próprio fui vítima inocente de dois verbaljacking e ainda vamos no princípio da semana. Uma das ocorrências deu-se ao estar para estacionar a minha viatura, quando fui confrontado com um desconhecido que me ururpou o lugar, insultando-me e ameaçando agredir-me fisicamente. O outro episódio ocorreu no âmbito da minha profissão de TOC, quando eu estava a cumprir com as regras rígidas das minhas atribuições. Acresce ainda, o que foi dito da minha pessoa, à minha revelia.

O verbaljacking vulgarizou-se por passar sem punições e sem testemunhas, em virtude destas temerem represálias. Este fenómeno atingiu tal dimensão que os seus praticantes, não se contentam em fazê-lo frontalmente, como também o fazem, cobardemente, pelas costas dos visados. Além disso, já invadiu a área familiar, para o que têm contribuído as telenovelas. Não obstante eu não seja seu espectador atento, tenho conhecimento de, pelo menos, 2 telenovelas - uma das quais terminou há pouco tempo e uma outra está a correr -, em que filhos desejam o mal do seu pai, ao extremo de tramarem a sua liquidação física.

Uma sociedade desmembrada pelas constantes agressões verbais e físicas entre os seus cidadãos - em que a justiça não sanciona -, nunca consolidará a sua estabilidade e progresso socio-económico de modo a permitir a Paz interna e uma boa imagem no Panorama Internacional,

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