(INEDITO)
As surpresas não me batem à porta,
Chegam boas e más, disfarçadas,
Invadem-me a casa a hora morta,
Em muitas longas noites, agitadas.
Envoltas em nuvens de algodão,
Imperiais, virgens e horrorosas,
Revelam-me o irreal, a triste ilusão,
De notícias incríveis e misteriosas.
Divago pelas silenciosas notícias,
Que me são cruelmente contadas,
Sem conseguir sejam decifradas.
Desperto das energúmenas malícias,
Fico na dúvida da verdade e mentira,
Vivo desiludido, sem destino e mira.
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