Alarguei o passo em perseguição daquele vulto,
Cada vez de mim mais distante,
Evitei possível tumulto,
Situação intrigante.
Mantinha distância calculada e cautelosa do vulto,
Com receio de me denunciar,
Era para mim absurdo,
Não a desvendar.
Pareceu-me perseguir alguém que eu conhecia,
As esquinas e muros mo impediam,
Na dúvida, mais sofria,
Forças intercediam.
Numa fracção um carro se atravessou no meu caminho,
Tocando-me de raspão sem me ter atropelado,
Dei comigo assustado e sozinho,
Na cama, acordado.
Fora um sonho que me perseguira nessa noite de insónia,
O vulto era imaginário, mas já existira,
Na minha trajectória de vida,
Que se sumira.
Desde então passei a desvalorizar os duvidosos sonhos,
Que não desistiam de me impressionar,
Deixei de os considerar medonhos,
Para não me martirizar.
Sem comentários:
Enviar um comentário