domingo, 27 de novembro de 2011

PERSEGUIÇÃO



Alarguei o passo em perseguição daquele vulto,

Cada vez de mim mais distante,

Evitei possível tumulto,

Situação intrigante.


Mantinha distância calculada e cautelosa do vulto,

Com receio de me denunciar,

Era para mim absurdo,

Não a desvendar.


Pareceu-me perseguir alguém que eu conhecia,

As esquinas e muros mo impediam,

Na dúvida, mais sofria,

Forças intercediam.


Numa fracção um carro se atravessou no meu caminho,

Tocando-me de raspão sem me ter atropelado,

Dei comigo assustado e sozinho,

Na cama, acordado.


Fora um sonho que me perseguira nessa noite de insónia,

O vulto era imaginário, mas já existira,

Na minha trajectória de vida,

Que se sumira.


Desde então passei a desvalorizar os duvidosos sonhos,

Que não desistiam de me impressionar,

Deixei de os considerar medonhos,

Para não me martirizar.

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