sábado, 11 de setembro de 2010

OS PROVÉRBIOS

INÉDITO

Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa, “Provérbios” são “máximas ou sentenças de carácter prático e popular, expresso em poucas palavras e geralmente rica em imagens e sentimentos figurados”.

Os provérbios, por encerrarem uma filosofia de vida genuína e saudável, deveriam constituir um manual de princípios e boas maneiras a seguir por todos os cidadãos. Nos países menos evoluídos, em que os valores materiais são colocados em plano secundário em relação aos valores tradicionais, estes considerados sagrados, os povos levam a sério os seus provérbios. Estes, na generalidade, são universais e têm versões próprias nas mais variadas línguas e dialectos. Em África, é mais notória a prática e seguidismo dos Provérbios.

Sou mais ousado em sugerir que deveria tornar-se obrigatório o ensino, nas Escolas, dos nossos Provérbios mais populares. A interpretação de cada um dos provérbios traria mais luz às mentes dos jovens sobre a sua formação e conduta mais correcta para lhes facilitar a inserção na vida futura, contribuindo para uma sociedade mais justa e solidária. Passo a citar alguns entre os milhares de provérbios que são de tradição popular:

« Muito falar, pouco acertar;
« Muito falar, pouco pensar;
« Muitos conhecidos, poucos amigos;
« Mais vale um sim tardio do que um não vazio;
« A conselho amigo não feches o postigo;
« Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és;
« É mais fácil prometer que dar;
« Espera de teus filhos o que a teus pais fizeres;
« Vê-se na adversidade o que é a amizade;
« Amor de pais não há jamais;
« Filho sem dor, mãe sem amor;
« A fome faz sair o lobo do mato;
« Quem tem fome, cardos come;
« Amigo disfarçado, inimigo dobrado;
« Amigo verdadeiro, vale mais que dinheiro;
« Amigos, amigos, negócios à parte;
« Quem te avisa, teu amigo é;
« Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão;
« Dinheiro emprestado, anda mal parado;
« Quem não tem dinheiro não tem vícios.

Deixo a interpretação destes provérbios à livre imaginação de cada leitor, na certeza, porém, de que deles saberão tirar as ilações mais lógicas e naturais, estabelecendo comparações com as realidades da nossa vida quotidiana. Dessas comparações, concluirão que se cada um de nós tivesse sempre presente, nas nossas relações comunitárias, as mensagens transmitidas pelos provérbios, haveria maior compreensão, solidariedade e justiça.

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