sábado, 11 de setembro de 2010

QUE IMPORTâNCIA TENHO eu?

INÉDITO

Todos nós deveríamos fazer esta pergunta a nós próprios. Todavia, tenho a certeza que teriamos dificuldade em obter uma resposta esclarecedora, por sermos incapazes de fazer uma auto-análise dos nossos comportamentos.

A resposta depende de cada caso em si e para se tirar uma conclusão, impõe-se reduzir-nos à mais extrema simplicidade e despir-nos de preconceitos. Por sermos egoístas por natureza e pretendermos alcançar um ascendente sobre o nosso próximo, abrimos frentes de confronto e de guerrilha de que acabam por sair ambas as partes molestadas.

Estes desencontros são prejudiciais porque são desestabilizadores, provocando fortes danos emocionais e materiais. Os exemplos destas situações são a perder de conta, podendo citar alguns, bastante evidentes, que são do meu conhecimento:

a) – determinada herança de cerca de um milhão de euros arrasta-se pelos tribunais há cerca de 8 anos, por falta de consenso, entre os herdeiros, na sua partilha. Este impasse ocasiona sérios prejuízos materiais resultantes das despesas judiciais e de advocacia, além dos efeitos psicológicos nocivos;
b) – um condutor que se acha dono da estrada e que, arrogantemente, despreza as regras de trânsito, pondo em risco a sua própria vida e a de terceiros, recorrendo ainda ao insulto e até à confrontação física;
c) – a intolerância, por facciosismo, de adeptos de determinado clube de futebol ou outro desporto, que não sabem desfrutar e aceitar com desportivismo a disputa de um jogo e o resultado final, quando desfavorável, agredindo verbal e fisicamente os adeptos adversários.
d) – a prepotência de certos detentores de cargos públicos e de instituições bancárias que não respeitam os mínimos direitos dos utentes e clientes respectivos, criando-lhes dificuldades e obstáculos, não permitindo a resolução de assuntos simples e legítimos.

Eu poderia alongar-me em muitos mais exemplos, mas é evidente que estas aberrações do relacionamento de muitas pessoas resultam de se acharem com direitos próprios, acima do concidadão comum, que por educação, formação e natureza própria evita o confronto e conflito a que é exposto. Para se pôr termo a este comportamento defeituoso, basta respeitarmos o nosso concidadão e acharmos que, em valores morais e de direito, somos todos iguais, independentemente de raças, credos, instrução, profissão, gostos, usos, costumes e tudo o que faz parte da identidade de cada um.

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