sábado, 11 de setembro de 2010

PÔR AS PESSOAS A PENSAR

INÉDITO
Quando escrevo é meu propósito alertar as pessoas para tudo que seja contranatural e que tanto afecta as suas relações amistosas e pacíficas. Os meus escritos pretendem chamar a atenção dos meus leitores para a necessidade de, antes de se agir, pensar como, em que tempo e a legitimidade das decisões a tomar.

Sabemos que, por ausência de diálogo e do reconhecimento dos direitos próprios que cada um tem até ao limite dos direitos do seu próximo, geram-se espirais de contradições e ofensas de que ninguém tira proveito. Das posições radicais assumidas, resultam prejuízos sérios e avultados para ambas as partes. A minha longa vivência e experiência possibilitaram-me assistir às mais diversas incongruências de situações simples, tornadas complicadas e irresolúveis, pelos respectivos interessados envolvidos.

Não vou aqui citar exemplos, porque se cada um de nós fizer um esforço de memória e parar para pensar, achará no seu próprio currículo comportamental, dezenas de casos que podiam ter sido resolvidos de maneira mais rápida e pacífica a contento das partes envolvidas que tiveram culpas repartidas.

O próprio Estado deveria abdicar da aplicação rígida das leis da justiça, impondo aos cidadãos uma filosofia de entendimento e acordo particular (extra-tribunal), na resolução de questões de menor relevância (mediante limites). Esta medida, fácil de aplicar, obrigaria os cidadãos a resolverem por si, os seus conflitos, normalmente radicalizados por teimosia e orgulho. Da sua aplicação prática, para além da supressão de custos, iriam ser eliminados centenas de milhar de processos judiciais que entopem os tribunais e de que é público ascenderem a mais de um milhão de processos.

Sinto que esta medida nunca será tomada porque iria colidir frontalmente com interesses instalados dos agentes profissionais interessados no arrastamento, por tempo indefinido, dos processos pendentes que terão custos elevados.

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