segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A VERDADE E A MENTIRA

INÉDITO

Duas palavras de significado oposto, mas que vivem interdependentes. A verdade é a contradição da mentira; é tão poderosa que se torna temível e perigosa, tanto para quem a defende como para quem a ignora. A mentira, por se ter banalizado, torna-se vulnerável e menos perigosa que a verdade, embora de efeito nocivo imediato.

Não há ninguém que não se tenha servido da verdade para tentar sobreviver no seu mundo de relações, ignorando a mentira que acaba por se interpor para a desvalorizar e desacreditar. Nos dias de hoje a mentira vulgarizou-se a tal ponto que as pessoas se esquecem dos mínimos princípios de ética e de respeito mútuo. Um observador atento, depara-se diariamente com a mentira que transparece da política, do ensino, da justiça, dos amigos, dos inimigos, dos familiares, etc... Se alguém tentar contradizer a mentira, arrisca-se a ser marginalizado e travado na progressão normal da sua vida profissional e até privada.

Passo a citar cinco reflexões de personalidades a quem a verdade e a mentira não passaram despercebidos:

« “As mentiras mais detestáveis são as que mais se aproximam da verdade” (André Gide);

« “De vez em quando os homens tropeçam na verdade, mas a maioria deles levanta-se rapidamente e continua o seu caminho como se nada tivesse acontecido” (Winston Churchill);

« “Uma mentira vem logo no encalço de outra” (Terêncio);

« “O mentiroso faz dois esforços: mentir e segurar a mentira” (Júlio Camargo”;

« “O Homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem” (Concílio Vaticano II, Guadium et Spes, 35)

Todas as decisões por nós tomadas, a coberto da verdade, são hoje confrontadas com falsas teses defendidas por alguns a coberto da mentira. Por esta simples razão não se progride em busca de consensos e soluções para o bem geral e estabilidade futura, sendo a verdade sinónimo de carência e a mentira sinónimo de abastança.

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