sábado, 1 de janeiro de 2011

ATRACÇÃO DO ABISMO PELO DINHEIRO

INÉDITO

De um modo geral, as pessoas gravitam à volta do dinheiro. Desde que o Mundo se materializou, a moeda passou a ter uma importância cada vez mais crescente na vida das pessoas.
Má sorte a do ser humano que, por culpa própria, se tornou irremediavelmente dependente do dinheiro. Não se consegue sobreviver sem dinheiro e este passou a fazer parte inseparável das pessoas. Toda a gente luta e barafusta por dinheiro, andando, cega e egoisticamente, numa correria desenfreada, atrás do metal cintilante, até ao abismo. São os governos, as famílias e os cidadãos de um modo geral que se deixam arrastar e arrastam a Nação para o abismo.
No meio deste caos, há uma minoria que se bate por, sensatamente, gerir os seus parcos recursos, de molde a não cair no abismo e sofrer consequências menos gravosas, embora sejam atingidos pelos efeitos nocivos provocados pelos responsáveis por tais danos irreversíveis.Relembro o meu tempo de meados do século passado, em que, pela África virgem, se professava uma filosofia de vida sem ambições desmedidas. Embora circulasse dinheiro, era dada mais importância à permuta, tanto de bens materiais como de tradições e costumes. Esta era a pedra basilar da colonização que, entretanto foi substituída violentamente pela globalização, assente na valorização desregrada do capital. No caso particular de Portugal, se todos os portugueses se unirem com o objectivo comum de, modestamente e sem intuitos de enriquecimento, aumentarem a sua produtividade, repartindo o crescimento económico pelo pagamento das suas dívidas e do Estado, então evitar-se-á o abismo e inverter-se-á a situação.

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