terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O ADEUS

INÉDITO

Deixei a Minha Terra sem dizer adeus.
Não tive tempo, desapareci.
Rumei a Norte.

Trouxe recordações da Minha Terra.
Nada do que aconteceu, mereci.
Foi o meu Desnorte.

Comigo trouxe também a família.
Mulher e quatro filhos, assustados.
Descrentes e desenraizados.

Valeu-me o engenho e a arte
Duma profissão de maltratados.
Valoroso contabilista.

Em vão, trabalho procurei 6 meses.
Recusas, acusações, humilhações.
Mal tratado, sem razões.

Desterrado fomos fixados em Tomar.
Anos de sacrifício e afirmação,
Com crença e devoção.

Venci e convenci com firmeza.
Acrescentei netos e bisnetos.
A minha única riqueza.

Não foi um Adeus para sempre.
O meu coração retornará.
Quem sabe, se lá ficará.

Sem comentários: