segunda-feira, 27 de agosto de 2012

DANÇARINOS NOTURNOS


Aos saltinhos aos saltinhos, entram na dança,
Rodopiando para a esquerda e para a direita,
Dançam noite dentro, até que o Sol espreita,
Tão cansados estão que termina a festança.

Passam as noites a dançar, tal é o seu vício,
Que se esquecem das horas e do descanso,
Preferem passar por momentos, de bulício,
Do que interromper a dança e o seu remanso.

Quando termina o baile, na alvorada do dia,
Os pares deixam o baile, regressam a casa,
Atiram-se para cima da cama, perdem a asa.

Entram em sono profundo como uma melodia
Que toca horas seguidas, como disco riscado,
Até ficar sem corda e acabar por ser quebrado.

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