quarta-feira, 22 de agosto de 2012
O MEU PAPAGAIO BELCHIOR
Tenho um papagaio chamado Belchior, amigo,
Ele diz bom dia, boa tarde, boa noite e grasna,
Reclama por tudo e por nada, é uma boa sarna,
Torna-me a vida negra, com seu grande alarido.
Quer falar-me da sua terra que teve de deixar
Por os malfeitores terem derrubado a árvore
Que guardava o seu ninho bem alto, lá no ar,
Para se defender dos atentados e massacre.
Agora vive como um príncipe, tem o que quer,
Ri-se, brinca e mete-se comigo, com escárnio,
Por eu trabalhar muito, agastado, sem horário.
O que ele era na sua terra, não voltará a ser,
Pois já não o deixam a ela poder regressar,
Ficaram-lhe com tudo, sem poder recuperar.
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