quinta-feira, 9 de agosto de 2018

SOMBRAS E CLARIDADES

Vejo sombras, vejo formas escuras,
Nas paredes, nas janelas e portas,
Sombras que tão fortes e maduras
Projectadas em altas horas mortas.

Pela manhã, aparecem claridades,
Vejo becos e ruas da cidade de luz
Que irradia do sol forte que seduz,
Como pedras preciosas, raridades.

Esta vida de matizes tão diversas,
Com sombras e claridades, sonhos
Meus que pela manhã se dissipam,
No alvor de novo dia de luz e cor.

Da parede da sala ecoam as horas
Que o relógio de parede ainda toca,
Depois de se ter calado, de amuado
Com a vida esquecida que ali mora.

Nāo deixo que o relógio desmoralize,
E desista de tocar as horas do pulsar
Do meu coração sensível que resiste
Às emoções e surpresas do meu amar.

Ruy Serrano - 09.08.2018







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