sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ATÉ AO FIM DOS MEUS DIAS


Até ao fim dos meus dias, ainda tenho um caminho a percorrer,
Muitas surpresas, afrontas e humilhações,
Permanentes provocações,
Até morrer.

Até ao fim dos meus dias, será tudo cada vez mais diferente,
A classe média com a crise, a empobrecer,
Os pobres não poderem nada fazer.
Vida repelente.

Até ao fim dos meus dias, haverá cada vez mais desemprego,
Os jovens terão de emigrar para bem longe,
Sem saberem bem para onde,
Em desespero.

Até ao fim dos meus dias, cada vez haverá menos consensos,
Crescerão as mais diversas manifestações
Que se transformarão em rebeliões,
Maus momentos.

Até ao fim dos meus dias, haverá mais fome, mais ódios e desilusões,
Será maior a confusão e a desesperança,
Perder-se-á a pouca confiança,
Haverá sublevações.

Até ao fim dos meus dias, pelas redes sociais, assistirei aos espectáculos
Tristes que se desenrolarão no palco da vida,
Com a assistência da plateia desiludida,
Por maus Actos.

Até ao fim dos meus dias acabarão as pensões para todos os cidadãos,
Que trabalharam toda a vida para o Estado,
Sustentando o regime bem instalado,
E sem bênçãos.

Até ao fim dos meus dias, deixarei de assistir a mais tristes episódios,
Porque já não pertencerei ao reino dos vivos,
Sorte a minha acabarem os maus avisos,
Abandonarei os demónios.

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