domingo, 14 de outubro de 2012

O MEU RELÓGIO DE PAREDE


Tenho um relógio de parede, parado no tempo,
Tal como eu parei quando sofri grave acidente
De viação, que me deixou assim tão indiferente,
Que nunca mais o pus a trabalhar, para sempre.

A vida depende do pêndulo que sobe e desce,
Tal o meu sobreviver do que tiver para comer,
Somos os dois dependentes do tempo a correr,
Sem tempo, sem vontade, nada me favorece.

Para a nossa vida não parar, terei o pêndulo
De levantar, e minha vida então encaminhar
Na melhor direção para liberdade conquistar.

Enquanto poder cuidar do relógio, eu tento,
Para não mais parar no tempo e eu renovar
Meu desejo de sobreviver feliz, sem falhar.




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