sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O MEU TEMPLO DE INQUIETAÇÕES



Do meu templo de inquietações, faço poemas de invocação,
Aos desprotegidos que vagueiam pelo Mundo,
Inseguros, sem corrimões de apoio,
Sem rumo e sem velas para os levar ao destino,
Que buscam para sua salvação.

Do meu templo de inquietações, faço poemas às mulheres,
Que os seus senhores dominam e humilham,
Obrigando-as à submissão e prostituição,
Como Marias à força violadas,
Sem qualquer contemplação.

Do meu templo de inquietações, dedico versos às crianças,
Que não têm comida, nem brinquedos,
Que perderam seus pais e vivem tristes,
Sem saber quem são, donde vieram e para onde vão,
Vivendo de pura ilusão.

Do meu templo de inquietações, faço versos de apelo aos políticos,
Para terem mais sensibilidade e bom senso,
Usando de mais verdade e seriedade,
E governarem com maturidade e competência,
Com o mínimo de decência.

Do meu templo de inquietações, com meus versos reclamo aos financeiros,
Para deixarem de explorar os remediados e pobres,
Repartindo as suas fortunas, pelos obreiros
Do seu património, com trabalho e sacrifícios,
Usando mil e um ofícios.

Do meu templo de inquietações, reservo aos meus familiares, os poemas
Que melhor escrevo para os convidar a aderir,
Ao meu projecto de recuperação da sociedade,
Corrigindo as mentalidades atrofiadas,
Para serem melhoradas.



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