Dois em silêncio, sem saber o que dizer,
Sentados nos sofás, lado a lado, mudos,
Mantêm silêncio em momentos absurdos,
Com o olhar fixo no televisor para ver.
Vivem do silêncio para o silêncio, sem
Interesse por aquilo que vêm, a que são
Indiferentes um e outro, em puro desdém
Para o diálogo inexistente para o serão.
Sustentam o silêncio que os mantem unos,
Há dezenas de anos a escolher palavras
Difíceis, por não serem das suas lavras.
O silêncio torna os dois também surdos,
Serve para mais os unir do que separar,
Foi hábito forçado adquirido a tolerar.
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