terça-feira, 2 de outubro de 2012

MULHER E MÃE ANGOLANA



Mulher angolana que te lavas no rio de água quente
Teu corpo fica de cetim com sabão azul que tu usas,
Com tua criança colada às costas, na água corrente.
Com amor de mãe, te entregas como as boas musas.

Vais na lavra, levas teu menino, muito aconchegado,
Bem apertado ao teu corpo, com medo de o perder,
Menino que vai crescer no mato onde ao entardecer,
A natureza repousa e o cacimbo cai desamparado.

Mulher angolana, excelsa mãe, tu és bem diferente
De todas as mães do Mundo, ofereces muito amor,
Passas sacrifícios, trabalhos, desgostos e muita dor.

A memória de teu parto difícil tens ainda presente,
Tu esperas que teu menino crescido e emancipado
Te agradeça, teu sacrifício presente e do passado.





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