quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DOUTRINAS LÚCIDAS E TRANSLÚCIDAS

(INÉDITO A PUBLICAR)

As doutrinas são muitas e de variadas origens. São produzidas como regras a seguir por razões práticas e consensuais, no caso das doutrinas lúcidas ou por razões ideológicas, impostas, tratando-se das doutrinas translúcidas.

Ao longo de todos os tempos, a humanidade viveu sempre condicionada pelas doutrinas: as lúcidas que dificilmente foram seguidas por ausência de clima e ambiente favoráveis e as translúcidas que, por serem impostas, foram aceitem sob submissão e contra vontade das pessoas. As doutrinas translúcidas, decretadas, tiveram sempre efeitos negativos na formação de sociedades justas e equilibradas, pela simples razão de que nunca puderam ser contestadas. Apenas as doutrinas lúcidas tentaram fazer o contra ponto, mas sem sucesso. As barreiras eram muitas, indo ao extremo da censura as impedir de chegarem aos destinatários – cidadão comum –, para evitarem que fossem assimiladas.

Se as doutrinas lúcidas vingassem, desmoronar-se-iam os sistemas e passaria a haver maior igualdade e justiça. Esta nova situação colidiria com os interesses económicos e financeiros instalados e seria o princípio da destruição da globalização. Esta serviu-se precisamente das doutrinas translúcidas para substituir a colonização. Passou assim a fazer uma nova colonização de efeitos mais danosos para os países globalizados. Enquanto os povos colonizados viram as suas economias evoluírem e as suas estruturas melhoradas, os povos globalizados (como Portugal, Grécia, Irlanda e outros) assistem ao seu enfraquecimento económico e financeiro e de inteira dependência dos países globalizantes. Em muitos casos, as doutrinas translúcidas conduzem os Países, seus cúmplices emissores, a caírem em governos totalitários.

Tarde ou cedo, estes governos acabam por ceder às doutrinas lúcidas que, ao longo dos tempos, vão exercendo uma acção corrosiva, denunciando e pondo a descoberto as fragilidades e debilidades dos princípios das doutrinas translúcidas. Esta é a razão porque, mais recentemente, temos assistido a transformações profundas nos modelos de alguns regimes que vêm esgotados os seus tempos de supremacia e totalitarismo.

Sem comentários: