segunda-feira, 10 de outubro de 2011

MORTOS

(INÉDITO)

Porque é que os mortos morreram?

Porque se cansaram de viver?

Por desgosto ou por doença?

Sabem só que não mais sofreram,

Optaram por não mais sobreviver

Preferiram a morte à indiferença.


Morreram de ilusão, no Paraíso

Encontrarem um Outro Mundo,

Para ajustarem as suas contas,

Com os criminosos sem siso,

Que deixaram o seu submundo,

Com as suas ideologias tontas.


Os maus acharam ser absolvidos,

Dos sofrimentos que infligiram,

Cá na Terra aos seus irmãos.

Passaram a momentos sofridos,

Como nunca antes sentiram,

Por lhes fugirem entre mãos.


Afinal os mortos no Julgamento,

Se confundiram, sem identidade,

Uns inocentaram-se sob juramento,

Outros negaram alguma maldade,

Sem apelo nem agravo, castigados,

Todos foram pelo fogo, imolados.

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