segunda-feira, 24 de outubro de 2011

RIO CONGO


(Versos sem rimas, mas sentidos)

Rio das minhas memórias, de tamanha grandeza,

És o sétimo maior do nosso Mundo,

Banhas terras férteis,

Do berço do Homem.

Vives em África.


Nasceste nas Montanhas do Vale do Rift, na Zâmbia,

Onde foste batizado de Lualaba,

Desceste à floresta e à planície,

Passaram a chamar-te Congo,

Na Foz és o Zaire.


As tuas águas quentes de muita força e volume,

Regam as imensas terras produtivas,

Repartes a beleza e os cheiros,

Das margens que abraças,

Com sedutor mistério.


Visitas grandes países de África, também Angola,

Misturas-te com as praias de Cabinda,

Perdes a tua castidade com o petróleo,

Que te espera na porta de entrada

Do oceano Atlântico.


Não esqueço o barulhar da tua poderosa corrente,

O arrastar dos aromas das tuas margens.

Do teu assédio à fauna e flora,

Que te rodeia e é impotente,

P´ra te evitar.


Foi para mim marcante, quando tu me aceitaste,

No teu dorso forte e possante,

Permitindo que eu atravessasse,

As tuas margens distantes,

P´ra Cabinda alcançar.


Das minhas memórias que guardo de África,

A par da minha abençoada Cabinda,

Tu és a minha rainha, sem coroa,

Com a monarquia substituída,

P´la Republica falida.

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