VERSOS INÉDITOS Olho para as minhas mãos em vão, Vazias as vejo sem nada de nada. Nos meus sonhos, cheias é ilusão De tanta promessa falsa esperada. Dissipados os tempos de mãos cheias, Tempos presentes surgiram com nada. Apenas sobras e imagens frias e feias. Acabei por dar o pouco que me sobrava. Na vida, sério e trabalhador mostrei ser, Cumpri com as regras de lutas leais. Surpreendido, não consegui a lei manter, Atraiçoado fui por golpes baixos e desleais De todas as direcções partiram setas, Tentando atingir-me mortalmente. Resisti ferido, não desistindo das metas Ambicionadas a alcançar moralmente. Cheguei ao fim de mãos rugosas e vazias, De coração dilacerado a palpitar Depois de acordar de sonhos e profecias, Sem ninguém em especial para recordar. De tudo, o nada me ter sobrado, Como guerreiro que não desarma, Não desisti da guerra, vivalma, De coragem e vida fui inspirado. Da vida o último capítulo foi encerrado, Com as mãos vazias e o olhar no infinito, Alma cheia, ansiando por ser lembrado, Por tudo que me é justamente merecido. |
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
ALMA CHEIA, MÃOS VAZIAS
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