VERSOS INÉDITOS Águas mornas, azuis e transparentes Passaram velozes à minha frente, Indiferentes. Vi nelas bruscamente, O reflexo do meu rosto Perplexo e indisposto, Observando indefinidamente O passado e o presente, Prevendo o futuro Misterioso e secreto Águas que ao passar, não vão voltar, Levaram consigo os meus sonhos, Deixaram-me as recordações e o Pesar. Alegrias, tristezas e esperanças Diluídas no cacimbo das manhãs, Húmidas, de cheiros fortes, verdadeiros Titãs Águas tornadas imundas e turvas, De tudo com que consigo arrastaram, Fazem esquecer do quão tristemente Sujas. Nem o filtro do tempo já ido Purificou as águas conspurcadas, Levadas pela ira das chuvas para a Eternidade. Águas que em turbilhão e velozes Apressadamente correram para o mar, Fugindo dos demónios da Terra, Atrozes. No oceano das recordações vivas, Na angústia, dos tempos, mergulhadas, As águas encontraram por fim, As Ninfas desejadas. |
terça-feira, 16 de setembro de 2008
ÁGUAS PASSADAS
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