VERSOS INÉDITOS Invisíveis e velozes, passam os ventos Vindos do Sul, mudos e cegos, Sem novidades nem promessas, Apressados e silenciosos. Temeroso da sua violência, Deixo-os passar para o seu destino, Tentando em vão perceber, A mensagem que não adivinho. Serão promessas vãs de bons tempos, Ou serão eternas ameaças veladas, Permaneço ignorante e expectante Por notícias breves esperadas. Esperei minutos, horas, dias, Meses, anos e até décadas, Senti o vazio do chamamento Com os ventos indiferentes Os ventos um dia me trouxeram Alguém que meu amigo dissera Ser de peito e de verdade. Mentira, Pura ilusão e sonho desfeito Os ventos assim o trouxeram, Os ventos assim o levaram, Meu amigo não era com certeza, Da minha situação não se compadecera. Muitos mais anos em vão esperei, Por novos ventos com boas novas. Apenas tempestades semeei E frutos não pude colher. Sem bonança nem Paz resisti, Lutei, desbravei mil caminhos. Portas de ferro e aço fechadas, Portas trancadas, descobri. Filhos, netos e bisnetos vi nascer, Com ventos de má feição, permanentes, Nunca me sentindo derrotado Antes fortalecido e esperançado. Com muita Fé, ainda creio Que os ventos irão mudar, Vindos de Sul com boas novas, P´ra nossa vida melhorar |
terça-feira, 16 de setembro de 2008
VENTOS DO SUL
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