Versos Inéditos Sinto um vazio cheio de emoções, Não sofro nem lamento as feridas, Vivo e entranho sonhos e ilusões, Projectos, ideias e obras preteridas. Atento, ouço o eco do som do meu ego, Tento acordar de um sonho profundo, Abro os olhos, mantenho-me cego, Permaneço só, isolado do Mundo. Escuto o palpite do meu coração, No tempo, inebriante e vertiginoso, Cavalgando, sem parar, em vão… Fugindo do supérfluo e malicioso. Solitário, não triste, mantenho-me vivo, Recordo a vida que passou e não vivi, Ganhei força e ânimo, ainda sobrevivo, Vivendo feliz e grato pelo que sofri. Alheio de mim, atento ao Mundo, Vejo rostos felizes e amargurados, Imagens velozes passam ao segundo, Na mente do meu ideário fecundo. Rugas, cicatrizes de golpes sofridos Transparecem sem disfarce justificado. Sinais brancos e negros esculpidos No meu rosto sombrio, triste e fechado. Tudo que me rodeia, ruídos e silêncios Marcam a minha história curta e longa. Verdades e mentiras, ódios tensos Perdidos no oceano como uma onda. |
terça-feira, 16 de setembro de 2008
SOLIDÃO
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