domingo, 4 de março de 2012

A CATEDRAL DE BAMBUS




Descobri uma Catedral de bambus, no rio Fubo,
Em Cabinda, onde meu pai quis ser sepultado.
Naquele lugar sagrado que celebra o passado,
Em que deslumbrados ficamos alheios a tudo.B

Os bambus em arco a proteger as águas do rio,
O cantar dos pássaros em sinfonia harmoniosa,
Convidaram-me a uma oração de fé e saudosa.
De tributo a meu pai, embora em tempo tardio.

O rio respondeu-me com o seu som barulhento,
Correndo, transparente entre cascalho e areias,
Com as suas águas benzi-me, pedindo a Deus,

Para proteger aquele lugar do ataque violento,
Dos homens ávidos de destruírem a Natureza,
Usando de armadilhas e disfarçada subtileza.

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