segunda-feira, 5 de março de 2012

NADA, TUDO OU MEIO-TERMO

Entre o nada e o tudo devemos escolher o meio-termo.
O nada é o vazio completo, sem conteúdo,
Tudo, é demasiado, é soberbo,
Meio-termo é sisudo.


As pessoas que optaram pelo nada, não têm ambições.
As que quiseram tudo, criaram puras ilusões,
As que escolheram o meio-termo,
Merecem um prémio.


Do nada, não se vive, vegeta-se e não se tem projectos.
Também o tudo é demasiado ousado,
Antes o meio-termo doseado,
Sem espectros.


Vejo muita gente que não faz nada na vida, conformados,
Esperando receber tudo que necessitam.
Com o meio-termo são confrontados,
Nos erros meditam.


Depois de muito sofrerem a depender do nada, com receio,
Optam por querer o extremo de tudo,
Ficam-se pelo meio-termo
Caso bicudo.


Assim vai a humanidade que que não tem nada para viver,
Protesta e reivindica tudo o que ambiciona,
Acabando por aceitar e apenas querer,
O meio-termo com que sonha.

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