terça-feira, 20 de março de 2012

NÃO GOSTO DO QUE VEJO

Não gosto do que vejo, parece irreal,
Crianças com fome a passar mal,
Abandonadas ao infortúnio
Do destino.

Não gosto do que vejo, pais muito ausentes,
Revelando-se deveras incompetentes,
Para criar os filhos com cuidados.
Antes desprezados.

Não gosto do que vejo, é cruel e injusto,
Assistir a ordenados milionários,
A pensões magras de susto
Dos mártires.

Não gosto do que vejo, assistir à falência
Das empresas por incompetência
De políticos e gestores,
Uns estupores.

Não gosto do que vejo, bens confiscados
Sem justificação dos apoderados
Que lançaram na desgraça,
A populaça.

Não gosto do que vejo, os sem abrigo.
Dormirem como ilhas ao relento,
Com miserável sustento,
Em perigo.

Não gosto do que vejo, os assaltos violentos
Praticados por alguns delinquentes,
A pessoas boas e inocentes,
Actos sangrentos

Não gosto do que vejo sem poder intervir,
A tudo estar condenado a assistir,
Com a humanidade decadente,
E eu inocente.

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