quarta-feira, 27 de junho de 2012

GAIVOTA DE LISBOA


Uma gaivota veio ter comigo, trazia no bico,
Uma terna mensagem das sereias do Tejo,
Que me despertaram lembranças e o desejo,
De festejar o Santo António com manjerico.

A gaivota não me deixou, sem eu lhe falar,
Quis que eu desse resposta à mensagem,
Que Lisboa esperava receber para avaliar
Se eu estava enamorado e tinha coragem.

Respondi que Lisboa era meu maior amor.
Que nunca a esqueceria e sentia ciúmes
De quem perto vivia, com seus perfumes.

A gaivota levou no bico a resposta de dor,
Que continuava a me atormentar sem dó,
Por viver tão longe, desgostoso e tão só.

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