terça-feira, 19 de junho de 2012

O BARCO DAS ILUSÕES


Entrei num barco de ilusões, sem destino.
Atravessámos oceanos com tempestades,
Venci o medo, encarei minha vida com tino,
Ficaram-me belas recordações e saudades.

Minha viagem terminou então em bom porto,
Não houve passagem de regresso desejado,
Forças adversas acharam que estava morto,
Ficaram com os meus bens, como planeado.

A vontade não esmoreceu de voltar à origem,
Ainda eu consegui por duas vezes regressar,
Embora as visitas fossem más para suportar.

As desilusões sofridas foram uma vertigem
Que me deixou abalado, mas ainda crente,
Na justiça de Deus que irá estar presente.




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