quinta-feira, 14 de junho de 2012

PÁGINAS NEGRAS E EM BRANCO


No meu livro de memórias, tenho páginas em branco,
Para escrever episódios do futuro,
Quando mais maduro.

Das páginas negras escritas, muito ficou por descrever,
Fiquei sem qualquer motivação,
E sem reacção.

Todo este tempo tentei recordar todos os momentos,
Que passei na minha Santa Terra,
De quem desespera.

Voltei aos meus lugares dos bons tempos de menino,
Meus olhos ficaram marejados de lágrimas,
Parecia ver fantasmas.

Nunca imaginei que os homens fossem tão diferentes,
Uns muito ambiciosos, outros resignados,
Estes enganados.

Nada neste Mundo demove os senhores bem instalados,
A compartilharem seus haveres, seus direitos,
Meus sonhos desfeitos.

É a lei da vida que traça o futuro de todos os homens,
Deixando uns na miséria, outros na opulência,
Sem qualquer decência.

Por muito que se pense como alterar a actual situação,
Nada se descobre no nosso íntimo,
Perdemos o ritmo.

Resignados continuamos a viver, a sonhar e a projectar,
Sabendo de antemão que são esforços
À nascença mortos.

Sem mais para dizer, termino,
Para evitar vir a perder o tino.
R.S.





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