quinta-feira, 7 de julho de 2011

PEREGRINAÇÃO A Nª. Sª. DE FÁTIMA

INÉDITO

Lua Cheia a oeste, descendo no horizonte,
O Sol a nascente ainda escondido,
Os meus passos cadenciados,
Os carros velozes a passarem.

Meu pensamento fixo na Imagem Sagrada,
Meus olhos observando o límpido céu,
Os meus passos acelerados,
Para a encosta poder subir.

Lembranças de momentos passados,
Vidas vividas de sonhos perdidos,
Meus passos de cansaço moderados,
Paro a meio da serra agreste.

Peito a arfar de ar puro e muita Fé,
Ânsia de adorar Nossa Senhora,
Contemplo a singela Natureza,
Paz de espírito, pleno de sossego.

Absorvido com o final da caminhada,
Deixei de ver, só ouço os carros
Passarem desabridos por mim,
Atirado sem dó para a berma.

Assustado com o ladrar dos cães,
Com as águas a correrem deliciado,
O amanhecer chega vermelho,
Com o Sol a despontar no horizonte.

Chego enfim ao Santuário,
Respiro fundo de alegria,
Nossa Senhora sorri para mim,
Como agradecendo por me ver.

Sinto que cumpri com o meu dever,
Há muito guardado e prometido,
Rezar a Nossa Senhora no Santuário,
Depois do caminho percorrido.

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