(PUBLICADO EM 06/02/2009,
NA "CIDADE DE TOMAR")
O que fora um sonho tornou-se numa realidade endémica
Sinto um vazio cheio de emoções,
Não sofro nem lamento as feridas,
Vivo e entranho sonhos e ilusões,
Projectos, ideias e obras preteridas.
Atento, ouço o eco do som do meu ego,
Tento acordar de um sonho profundo,
Abro os olhos, mantenho-me cego,
Permaneço só, isolado do Mundo.
Escuto o palpite do meu coração,
No tempo, inebriante e vertiginoso,
Cavalgando, sem parar, em vão…
Fugindo do supérfluo e malicioso.
Solitário, não triste, mantenho-me vivo,
Recordo a vida que passou e não vivi,
Ganhei força e ânimo, ainda sobrevivo,
Vivendo feliz e grato pelo que sofri.
Alheio de mim, atento ao Mundo,
Vejo rostos felizes e amargurados,
Imagens velozes passam ao segundo,
Na mente do meu ideário fecundo.
Rugas, cicatrizes de golpes sofridos,
Transparecem sem disfarce justificado.
Sinais brancos e negros esculpidos,
No meu rosto sombrio, triste e fechado.
Tudo que me rodeia, ruídos e silêncios,
Marcam a minha história curta e longa.
Verdades e mentiras, ódios tensos,
Perdidos no oceano como uma onda.
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