terça-feira, 5 de julho de 2011

A NATUREZA, AS SENSAÇÕES E OS AFECTOS

(PUBLICADO EM 15/06/07,

NA "CIDADE DE TOMAR")

O Ser Humano tem muita dificuldade em conviver harmoniosamente com estas três envolventes, ao não aceitar e reconhecer, com humildade e respeito, a co-existência com a natureza e o seu semelhante.
A Natureza é perfeita e rica de bens vegetais e animais que nos transmitem com premência, através dos mais diversos sinais e manifestações de comportamentos simples e naturais, exemplos do perfeito equilíbrio que sustenta em confronto e contraste com o Ser Humano. A resposta deste é provocatória, inconformista e ingrata, rejeitando a harmonia e a beleza que a Natureza nos oferece, diariamente. Esta dificuldade de bom relacionamento do Homem com a Natureza gera automaticamente um mau estar no seio da Humanidade que, não respeitando a própria natureza, deixa de se respeitar a si própria.
Compete ao Homem explorar e aproveitar as sensações e os afectos que o invadem, colhendo deles os frutos maduros deliciosos de saborear. Para o conseguir tem o Homem de sentir e gozar as sensações do agradável e do útil que produz, não guardando egoistamente para si essas sensações, antes, porém, transmitindo-as e repartindo-as pelo próximo. Dessas sensações advêm, inevitavelmente, os afectos, que, de tão sublimes, devem ser preservados e mantidos indefinidamente para evitar uma quebra de laços de solidariedade e tolerância. Poderá questionar-se sobre o facto dos afectos não matarem a fome dos famintos, mas é dos afectos que se alimentam as almas dos mortais, durante toda a sua vida terrena. É na mútua compreensão e tolerância que se fundem as sensações de afectos e entreajuda para um melhor relacionamento inter-humano e com a própria Natureza.
Os animais são o melhor exemplo dos afectos que sabem criar e resguardar entre as suas tribos e castas, tendo o sentido inteligente de, através dum relacionamento pacífico, os transmitirem ao ser humano. Devemos perceber que os animais sabem reconhecer com gratidão o que fazem por eles, guardando e devolvendo o tratamento nobre e carinhoso que lhes é dispensado, tanto por outros animais como pelo Homem.
O Ser Humano devia reger-se pelos parâmetros da Natureza e dos Animais, aproveitando as boas Sensações vividas e os Afectos criados, pugnando pela justiça, de molde a permanecer eternamente feliz consigo próprio e de bem com o Mundo que o rodeia.

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