Águas de prata,
Horizontes de ouro,
Céu de topázio,
Recordações boas e más
Que ficaram para trás.
Estendo a mão,
Tento alcançar,
Algo invisível,
Pura ilusão, sem solução,
Apenas pesadelos.
Fecho os olhos,
Adormeço inebriado,
Com visões coloridas,
São fantasias mal vividas,
Ornamentos do meu ego.
A multidão é barulhenta,
Confusão semeia,
A desordem incendeia.
Colhe os frutos maduros,
Impuros e venenosos.
Sinto-me arrastado,
Desventrado,
Torturado,
Impotente para lutar,
Fraco e sem armas.
Finalmente, acordo.
Nada sinto,
Nada vejo,
Apenas um sonho desfeito,
Para esquecer até morrer.
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