domingo, 31 de julho de 2011

PESADELO (I)

(INÉDITO)

Águas de prata,

Horizontes de ouro,

Céu de topázio,

Recordações boas e más

Que ficaram para trás.


Estendo a mão,

Tento alcançar,

Algo invisível,

Pura ilusão, sem solução,

Apenas pesadelos.


Fecho os olhos,

Adormeço inebriado,

Com visões coloridas,

São fantasias mal vividas,

Ornamentos do meu ego.


A multidão é barulhenta,

Confusão semeia,

A desordem incendeia.

Colhe os frutos maduros,

Impuros e venenosos.


Sinto-me arrastado,

Desventrado,

Torturado,

Impotente para lutar,

Fraco e sem armas.


Finalmente, acordo.

Nada sinto,

Nada vejo,

Apenas um sonho desfeito,

Para esquecer até morrer.

Sem comentários: