domingo, 28 de fevereiro de 2010

SÓSIAS, CLONES E PLAGIÁRIOS

Singularidades da Língua Portuguesa

Inédito

De um modo geral, o ser humano tem tendência para decalcar e deixar-se imitar. São excepção, os de criatividade original, pois é destes que partem as descobertas científicas e o evoluir da civilização.

Actualmente, temos assistido a uma crescendo dos casos em que as pessoas se preocupam mais com o que se passa com o seu semelhante, procurando apropriar-se das suas patentes e propriedades, em vez de, per si, encontrarem soluções inovadoras e próprias, contribuindo, deste modo, para uma mais valia pessoal e da sociedade. A contrafacção do que já existe apenas serve para gerar não só a estagnação da criatividade, mas também a conflitualidade permanente entre os actores deste processo irregular.

As imitações quando feitas de padrões válidos podem ser consideradas proveitosas e de interesse para o evoluir da sociedade, mas quando provêm de origens viciadas e deformadas, tornam-se perniciosas e contraproducentes.

Dos três actores referenciados no título desta crónica, os sósias são os mais inocentes por serem pessoas de fisionomia parecida com as de outros, embora possam ter mentalidades e personalidades completamente distintas, podendo não ser conflituosas. Os clones já têm as mesmas componentes e acham-se iguais e unidos para enfrentar a concorrência no bem e no mal. Por último, temos os plagiários que constituem o grupo mais danoso para a sociedade, pois vive da contrafacção e imitação, apenas com intenções de aproveitamento pessoal, descurando acintosamente, os interesses da sociedade e dando lugar ao confronto e litígio permanentes. É esta classe que alimenta o regredir da civilização. Torna-se imperioso combater a existência dos Plagiários (Imitadores).

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