quinta-feira, 29 de agosto de 2013

CONDENADO POR AMAR

Fui condenado por amar, espera-me a guilhotina,
Não sei se o tempo terá por mim comiseração,
Sei apenas que serei executado pela vespertina,
Sem ter nada p'ra  poder evitar minha execução.

Nunca pensei q'amar fosse assim tão perigoso,
Por nunca ter conhecido bem quem eu amava,
Só sei que fui apanhado numa perigosa trama,
Sem eu nunca ter sido desumano e criminoso.

Pedi perdão por nada, só p'ra me tentar salvar,
Foi-me negado o perdão, apenas eu escolher,
Outra forma de execução de eu vir a morrer,
Não me dando a luz d'uma última vez amar.

Quando se ama cegamente, o risco é grande,
Espreita-nos o inimigo por inveja ou ciúmes,
Somos postos entre várias grades e tapumes.
Tão distantes do perdão, a passos de gigante.


Ruy Serrano, 28.08.2013, às 00:48 H


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